Pedreiro pede ajuda para conhecer o pai sumido há 32 anos

Trabalhador, de São Marcos, apela pela colaboração de quem tiver notícias do seu pai que trabalhou em Farroupilha no início dos anos 90

Silvestre Santos
silvestre@ofarroupilha.com.br

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O desejo de fazer parte do lado desconhecido da família, a partir do próprio pai, eventuais irmãos, tios e outros parentes, está levando o pedreiro Edson de Oliveira, de 32 anos, a apelar para os amigos e órgãos de comunicação da Região da Serra. Oliveira quer olhar o rosto do pai, Antônio Sérgio dos Santos, que saiu de cena cerca de três meses depois do seu nascimento, na cidade de São Marcos.

“Não quero nada mais do que conhecer a outra parte da minha família, que não conheço. Tomara que a gente consiga encontrar esse homem velho. Queria muito conhecer meu pai”, disse ele, nesta semana, à reportagem do Jornal O Farroupilha.

O pedreiro não tem muitas informações acerca do pai, como parentes, aspectos físicos e região onde mora ou em qual empresa trabalha. Sabe que Antônio também era chamado de Berinjela, ou Negão, e que mudou para Farroupilha para trabalhar na empresa Redante, prestadora de serviços para a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), antes de a empresa ser assumida pela Rio Grande Energia (RGE). “A gente sabe que ele mudou em 1991 porque a sede da empresa era na cidade, mas foi trabalhar na instalação de redes elétricas em São Marcos”, acrescenta.

Maria Aparecida de Oliveira Santos, a mãe de Edson Oliveira, conta que foi em São Marcos que conheceu Antônio Sérgio, com quem passou a namorar. Ela diz que tinha 20 anos e que o relacionamento durou aproximadamente um ano. “Quando engravidei é que ele disse que era casado”, lembra.

Mesmo assim, depois que o filho, Edson, nasceu, eles ainda se encontraram. Tanto que Antônio trouxe mãe e filho, de São Marcos, para passear em Farroupilha, quando a criança tinha cerca de três meses. “Ele até comprou leite para a mamadeira do menino, que estava chorando muito”, recorda Maria.

Edson também disse que, pelas informações da mãe, os pais de Antônio Sérgio moravam em Canela, de onde o pai é natural, e as irmãs dele, que seriam suas tias, residiam no bairro Fátima, em Caxias do Sul, mas não sabe se ainda se encontram na cidade.

Depois, quando a empresa deixou de operar em Farroupilha, Antônio Sérgio foi embora e Maria Aparecida perdeu totalmente o contato com o pai de Edson. “Eu até procurei, tentei encontrar, mas não achei mais. Um irmão dele, que seria tio do meu filho, até se prontificou em ajudar a gente no que fosse necessário, mas também desapareceu”, completa.

A mãe esclarece que tem receio que a busca que o filho está empreendendo tenha consequências negativas. “A gente nunca sabe o que pode acontecer, qual vai ser a reação da família, se ele está casado e tem filhos… Não tem como saber nem se ele está vivo. Mas entendo a vontade dele (do filho, Edson), de conhecer o pai. É um direito que ele tem”, diz Maria Aparecida, resignada. O pedreiro, que trabalha na construção civil da região, entretanto, reitera: “Não quero nada financeiro, apenas conhecer o outro lado da família”.

Maria Aparecida apoia o filho Edson Oliveira na busca pelo paradeiro do pai: “É um direito que ele tem”, afirma. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Importante

  • Quem possuir qualquer informação que possa ajudar na localização de Antônio Sérgio dos Santos, também chamado de Berinjela ou Negão, que trabalhou na antiga empresa Redante, em Farroupilha, e na instalação de redes de eletricidade em São Marcos, pode enviar mensagem para o whatsapp (54) 9.9994.9442.
  • Ou enviar mensagem para o e-mail silvestre@ofarroupilha.com.br.