Novo porto gaúcho vai impactar na economia do estado e Serra Gaúcha
Terminal marítimo terá o dobro da capacidade operacional do Porto de Rio Grande, na Zona Sul do Rio Grande do Sul, e promete transformar a matriz econômica estadual
Silvestre Santos
silvestre@ofarroupilha.com.br
.
Um porto para chamar de seu. Ou, pelo menos, mais um. Só que maior, com mais que o dobro da capacidade operacional do Porto de Rio Grande, com pier (dois!) para atracação de transatlânticos cheios de turistas e com localização estratégica, no Litoral Norte, o que facilita operações de importações e exportações de grandes empresas da Serra Gaúcha. Este é o projeto do Porto Meridional, já popularmente chamado de Porto do Arroio do Sal, por se localizar naquele município litorâneo da costa do Rio Grande do Sul.
Trata-se de uma ideia nascida ainda em 2017 por obra e graça do ex-prefeito de Passo Fundo, ex-deputado federal de 1991 a 1995 e engenheiro civil Fernando Carrion. Foi ele quem se interessou pela história segundo a qual, ainda no império, dom Pedro II havia contratado engenheiros para avaliarem a instalação de um porto ao Sul de Santos (litoral de São Paulo), com preferência pela região de Torres (extremo Norte gaúcho). Entre “idas e vindas”, depois da proclamação da República, acabou sendo construído no ponto mais ao Sul, em Rio Grande.
A partir de 2018, Carrion vislumbrou a possibilidade de desenvolver o projeto de um porto no Litoral Norte e, para isso, foi até a Inglaterra conhecer o projeto contratado pelo Imperador dom Pedro II, quando teve acesso à integra do trabalho realizado, como os estudos batimétricos, que apontavam a região de Torres, com um calado de 18 metros, superior a Rio Grande, e contemplava dois molhes mar adentro, um a partir da Torre Norte (Morro do Farol) e outro a partir da Torre do Centro (Morro das Furnas), até quase a ilha dos Lobos, num ancoradouro de 100 hectares.
Foi nesse ponto que ingressaram na história novos atores, como o senador Luiz Carlos Heinze e um grupo de empresários da Serra gaúcha, e um novo projeto começou a se desenhar. O senador entrou em contado com a Marinha do Brasil e foram feitos estudos que confirmaram que a região entre Torres e Arroio do Sal possuía profundidades compatíveis para receber este tipo de empreendimento e a possibilidade de acostagem de navios de grande porte. Houve contato com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e o vice, Hamilton Mourão, que também apoiaram a ideia.
Projeto bilionário
Ruben Antônio Bisi, que representa o MobiCaxias – entidade que congrega lideranças e empresários de Caxias do Sul – é o coordenador do projeto Porto Meridional, além de vice-presidente da Câmara de Indústria e Comércio e vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias (Simecs), confirma que o “pai do porto” é mesmo Fernando Carrion e que o projeto ganhou impulso com a adesão do senador gaúcho Luis Carlos Heinze (Progressistas). Foi o parlamentar quem acionou a Marinha do Brasil, que fez a batimetria – o que definiu a localização como sendo em Arroio do Sal.
Depois disso foram feitos contatos com os proprietários de um terreno que interessava e era adequado à instalação do porto. Porém, ainda pequeno. Foram os donos dos imóveis que mobilizaram outros proprietários e ampliaram o espaço para os atuais 50 hectares, que foram adquiridos pelo consórcio Porto Meridional, capitaneado pelo MobiCaxias. Segundo ele, o investimento inicial é de 1,3 bilhão de dólares – e não de reais como é comumente publicado pelos veículos de comunicação – o que representa quase R$ 7,5 bilhões. Bisi destaca que o dinheiro para implantação do Porto de Arroio do Sal é privado, captado junto ao empresariado e investidores nacionais e até internacionais. “O apoio que nós teremos do estado é só nas hiomologações, aprovações dos projetos. Não tem nada de dinheiro público”, enfatiza o empresário.
Assinatura da adesão do governo foi no meio do mês
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, assinaram no dia 18 de outubro o contrato para execução do Porto Meridional de Arroio do Sal na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Também participou o secretário nacional de Portos, Alex Ávila.
O presidente da Fiergs, Claudio Bier, e o vice-governador, Gabriel Souza, participaram da solenidade, ao lado de outras lideranças políticas e empresariais. A construção prevê investimentos iniciais de quase 1,3 bilhão de dólares e a geração de mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil indiretos. O empresário Claudio Bier ressaltou a importância do ato que, segundo ele, é um marco histórico para o Rio Grande do Sul. “O Porto do Arroio do Sal não representa apenas um avanço estrutural, mas também uma vitória para todos os gaúchos”, afirmou, completando que o porto simboliza a recuperação econômica “que almejamos, possibilitando um caminho mais próspero para o Rio Grande do Sul”.
O ministro Costa Filho, disse que a “obra transformará a matriz econômica do Rio Grande do Sul, alinhada à política de desenvolvimento econômico do governo federal. As oportunidades de trabalho abrangem diversos setores, desde a construção civil até funções administrativas e de suporte”, disse. Costa Filho reforçou que com a conclusão do projeto, a produção logística gaúcha será impulsionada significativamente, abrangendo granéis líquidos e sólidos e um aumento expressivo no volume de contêineres, consolidando o Rio Grande do Sul como protagonista no desenvolvimento portuário brasileiro.
O senador Luis Carlos Heinze, de intensa participação política para a assinatura do contrato, comemorou o avanço. “Essa é uma grande oportunidade de desenvolvimento do estado, sem ônus para a máquina pública. O empreendimento promete reduzir custos logísticos, estimular o turismo e gerar mais empregos”, afirmou.
As razões que levaram à iniciativa de fazer um novo porto
O representante do MobiCaxias no consórcio e coordenador do projeto Porto Meridional, Ruben Antônio Bisi, explica que as razões que levaram um grupo de empresários gaúchos a botar na água a ideia são várias mas, principalmente, redução de custos às empresas de importação e exportação que operam no Rio Grande do Sul. “Nós, da Serra Gaúcha, estamos muito longe dos portos de Santa Catarina e de Rio Grande. É uma questão de logística. Ao invés de estarmos a 400 ou 500 quilômetros dos mais próximos, deste porto estaremos a 180 quilômetros”, disse Bisi. Isso, segundo ele, reduz os valores significativamente.
Outra questão diz respeito à modernidade dos portos em operação, e aí Bisi cita o de Itapoá, em Santa Catarina. “O tempo de operação é muito baixo, ou seja, o navio chega, atraca, e em um dia ou dois no máximo já está descarregado, no caso de Itapoá. Diferentemente de outros, como de Rio Grande e até de Santa Catarina, e para isso é preciso modernidade, equipamentos adequados para operações eficientes”, explica o empresário.
A terceira razão elencada pelo coordenador do projeto Porto Meridional, refere-se ao que ele chama de “disponibilidade do porto. Por estar em juma região abrigada, podemos ter uma utilização de praticamente 100%. Por isso imaginamos que o custo operacional aqui em Arroio do Sal seja menor do que é em Rio Grande e nos portos de Santa Catarina”, projeta Rubem Antônio Bisi.
O estágio atual
De acordo com ele, o andamento do projeto está de acordo com as expectativas, Bisi lembrou que já houve a homologação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), da Marinha do Brasil e, agora, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está realizando o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). “É uma análise que precisa ser feita nas quatro estações do ano, verão, outono, inverno e primavera, e que deve ser concluído até o mês de dezembro”, disse. Depois destas etapas, de acordo com Bisi, vão ser discutidos e projetados os acessos logísticos, do Porto de Arroio do Sal até a BR-101.
Um ponto importante revelado por Antônio Bisi é que o Meridional pode entrar em funcionamento tão logo esteja concluído e seja inaugurado. “Para funcionar é preciso ter carga e, hoje, já temos cerca de 40% da utilização do porto já está agendada, só falta efetivar a contratação. Então, esse é o estágio atual do porto, e para a construção”. De acordo com o coordenador, “a DTA (Engenharia Portuária e Ambiental), empresa que foi contratada pelo consórcio, para projetar fazer a dragagem e depois construir o porto, estima que em quatro anos podem estar finalizados os trabalhos. Estamos trabalhando nesta questão também, de ter uma empresa com capacidade de fazer toda a estrutura do porto.
Sou um defensor do progresso. O Rio Grande do Sul tem o maior custo logístico do país e apenas um porto. O Meridional é um caminho para melhorar a competitividade dos produtos gaúchos. Também defendo hidrovias, ferrovias, melhorias nas estradas e demais modais de transporte. Sem infraestrutura inteligente, todo o esforço produtivo cai por terra.
O Porto Meridional abrirá as portas para a recepção de grandes navios, aproveitando o potencial turístico que nosso estado ainda não conseguiu explorar plenamente. Além disso, a ampliação da capacidade de exportação e importação movimentará a economia, gerando emprego e renda. É importante ressaltar que os custos logísticos devem diminuir significativamente. O local do novo porto é tão favorável que levaria 400 anos de acúmulo de dejetos para que fosse necessária uma dragagem semelhante à realizada anualmente no porto de Rio Grande.
Quando se reduz o custo logístico, estamos automaticamente incentivando a compra e venda de produtos em larga escala. A Serra Gaúcha também vai ganhar do ponto de vista turístico. O porto tem um calado inicial de 17 metros, o que permite a recepção de embarcações de grande porte, como os cruzeiros marítimos. O Porto Meridional vai beneficiar o estado como um todo.
Minha expectativa, como apoiador do projeto, é que as obras comecem no ano que vem, com a licença prévia prevista para ser liberada no primeiro semestre de 2025.
Todo porto gera um complexo ao seu redor, e as empresas naturalmente ocuparão o espaço pela facilidade de transporte. O projeto, que era apenas uma ideia em 2018, quando fui apresentado ao tema e nunca mais abri mão, agora conta com autorização do Ministério dos Portos, da Antaq e sinalização positiva do Ibama. O que nos espera é um futuro de crescimento! – Luis Carlos Heinze, Senador da República pelo Rio Grande do Sul
“Quando o Rio Grande do Sul avança, todas as cidades avançam juntas. A chegada do porto em Arroio do Sal vai marcar uma importante mudança na logística de todo o estado, hoje concentrada em Rio Grande, via mar. Não há dúvidas sobre o salto que daremos em todas as regiões com a implementação desse modal de transporte.
Falando sobre Farroupilha, temos um polo de grandes transportadoras em nossa cidade, de grandes empresas de importação e exportação, com cargas nacionais e internacionais. Com toda certeza facilitará muito essas entregas que poderão ser mais rápidas, sem contar a consequente redução de custos operacionais, dada a proximidade muito maior que teremos em relação aos portos de Rio Grande e de Santa Catarina, por onde são escoadas, hoje, estas cargas.
Precismos unir forças em todas as cidades do estado para que, cada vez mais, empreendimentos como esse, que impactam na economia como um todo, como é o caso do aeroporto regional que deve ser instalado em Vila Oliva, em Caxias do Sul, se concretizem, trazendo desenvolvimento, maior crescimento, fomentando os negócios, promovendo a geração de empregos e movimentando a economia por meio do turismo, por exemplo. E, cada vez, levando o nome do Rio Grande do Sul para todo o mundo como um local adequado e seguro para se investir. – Fabiano Feltrin, Prefeito de Farroupilha
Vejo o Porto Meridional como uma infraestrutura transformadora para o Rio Grande do Sul, não só na capacidade logística, mas também como pilar para atrair novos investimentos e fomentar a competitividade das empresas gaúchas. Será estratégico para escoar a produção de forma eficiente, reduzindo custos e possibilitando que as indústrias ampliem sua atuação no mercado internacional. Esse porto simboliza um avanço que fortalecerá o PIB do estado e beneficiará diretamente a Serra Gaúcha que depende de um sistema logístico robusto e ágil para escoar a produção.
A Serra Gaúcha luta para manter-se competitiva no mundo globalizado, sendo a logística um dos principais fatores a ser resolvido devido aos altos custos. Esse porto será essencial para as empresas da região. Com uma opção eficiente e mais próxima, elas poderão competir de forma mais equilibrada no mercado global. É um impulso real, que reforça as finanças das exportadoras e importadoras, e ampliará a geração de empregos e a arrecadação local, fortalecendo as economias dos municípios da região.
Além do Porto Meridional, outros projetos de infraestrutura estão sendo articulados pelo governo federal, e tenho acompanhado essas ações de perto. Uma das possibilidades de acelerar o desenvolvimento regional é a inclusão do Aeroporto da Serra no Programa de Aceleração do Crescimento. Com esses dois empreendimentos teremos, na Serra, aliado ao terminal rodoferroviário em Vacaria, uma tríade de soluções logísticas.
Essa integração fortalecerá de maneira decisiva nossa economia, facilitando exportações, importações e operações de cabotagem, que é o transporte de cargas entre portos do mesmo país.
Esperamos que as obras iniciem brevemente, dentro do cronograma que prevê um período de construção de aproximadamente 20 meses.
Há uma expectativa da criação de mais de 2 mil empregos diretos e cerca de 5 mil empregos indiretos. O município Arroio do Sal já firmou uma parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) para revisar o Plano Diretor do município. – Denise Pessôa, Deputada estadual
A CIC-Serra tem conhecimento da iniciativa desde 2017, quando foram realizadas reuniões com as entidades da região, capitaneadas pelo senador Luís Carlos Heinze e o ex-deputado federal e idealizador do projeto, o engenheiro Fernando Carrion. Inclusive, estivemos em Brasília em dezembro de 2017, com o senador e Fernando Carrion, tratando do assunto. Nesta época eu estava como presidente da CICS de Farroupilha.
O projeto previsto pelos idealizadores do Meridional é a implementação de um porto moderno e eficiente, com novas tecnologias de ponta, beneficiando a todas as partes interessadas de f0orma sustentável. Nossa expectativa é que os processos sejam resolvidos o mais rapidamente possível e que o porto seja implantado, gerando empregos, renda e contribuindo com a melhoria da competitividade de toda nossa região e estado.A instalação de um novo equipamento em nosso estado agregará de forma estratégica na inclusão de novas rotas do comércio global, tornando nosso estado mais atrativo nos processos do comércio internacional.
Estamos acompanhando e monitorando as ações em parceria com um conjunto de entidades e empresas, em função da relevância e importância do projeto para nossa região, especialmente em relação a redução dos custos logísticos. – Daniel Bampi, Presidente do CIC-Serra
O Porto de Arroio do Sal é um projeto que tem envolvido diversas entidades, poder público e empresas. Lembro de quando iniciei a participar das reuniões da CICS Farroupilha e da CICS-Serra, há pelo menos sete anos, Tem muitas pessoas importantes na linha de frente desse grande projeto.
Estamos acompanhando as tratativas e apoiando a implantação desse porto, com a visão de trazer mais competitividade para o Rio Grande do Sul o que, certamente, vai ajudar no progresso do estado e do país.
É um projeto complexo, que envolve questões locais, bem como rodovias de acesso, recursos humanos para trabalhar no porto e serviços de apoio. Importante dizer que como a sociedade civil organizada e o poder público estão andando juntos, temos visto a evolução e o cuidado em todas essas demandas, para que o projeto seja realidade em breve.
Para economia gaúcha um projeto desses é de suma importância. Vai cooperar para a redução dos custos logísticos, somado ao aumento de empregos e renda da população, enfim, para o progresso do Rio Grande do Sul.
Quanto mais próximo das unidades produtivas um porto estiver, mais econômico será o custo logístico, pois temos que lembrar que para chegar ao porto temos que utilizar algum outro modal, seja rodoviário, ferroviário, fluvial… – Vinicius Pessin, Presidente do CICS Farroupilha
Estivemos no ato da assinatura do acordo com o governo federal, na Fiergs, prestigiando as autoridades e as lideranças empresariais que estão à frente desse projeto. Um porto, da forma como está sendo anunciado, vai impulsionar muito a economia do Rio Grande do Sul e, claro, as empresas da Região da Serra por meio da redução dos custos de logística.
Nossa empresa, diretamente, acho que só vai ser beneficiada mais adiante. Como trabalhamos com produtos do ramo da alimentação, o aparelhamento do sistema de fiscalização fitossanitário está, hoje, no Porto de Santos, em São Paulo, que é por onde entram nossas cargas que chegam via marítima. Acredito que no caso do Porto de Arroio do Sal, vai demorar um pouco para que se tenha essa aparelhagem necessária.
Apoiamos, claro, este projeto, porque vai ser de grande importância para a economia gaúcha quando entrar em funcionamento.
Este porto, perto da Serra, cerca de 200 quilômetros do polo metalmecânico de Caxias do Sul, moveleiro de Bento Gonçalves e das empresas de Farroupilha, significa um importante ponto para o desenvolvimento econômico do estado.
Que essa ideia saia do plano para a prática o mais breve possível, é o mínimo que podemos desejar. – João Fernando Silvestrin, Presidente da Silvestrin Frutas
Levando em conta o cenário atual, onde praticamente toda a estrutura portuária opera próxima ao limite de sua capacidade, e considerando um potencial crescimento do mercado, alternativas são muito bem-vindas. A possibilidade de contar com mais uma opção para escoamento das demandas das empresas gaúchas traz a expectativa de uma melhoria operacional, redução do tempo de trânsito, redução de custos monetários e de segurança da carga.
Para que o porto possa se tornar atrativo ao cliente, ele precisa oferecer competitividade em custos, múltiplas linhas de serviço, estabilidade nas escalas dos navios, entre outros. Ao mesmo tempo, para oferecer atratividade, é necessário angariar volume para sustentação e assiduidade das operações portuárias (armadores).
A potencial redução varia de acordo com a posição geográfica de cada cliente em relação ao porto, mas pode chegar a 30% do custo operacional no nosso caso, tudo dependerá da estrutura portuária e retroportuária. Esta nova estrutura pode auxiliar na movimentação de exportação, importação e de cabotagem. O ganho em tempo também é algo que deve ser observado. Será possível realizar a movimentação porto x fábrica e fábrica x porto no mesmo dia (redução de aproximadamente 180km em relação ao principal porto do estado). Além de uma grande redução de km em relação aos principais portos de Santa Catarina. – Sonia Deitos, Diretora Administrativa da Tramontina