Caixa começa a pagar Bolsa Família de junho

Pagamento no Rio Grande do Sul é unificado para ajudar famílias atingidas pela tragédia climática

A Caixa Econômica Federal começou a pagar a parcela de junho do novo Bolsa Família nesta segunda-feira, dia 17 de junho, para os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. Os beneficiários do Rio Grande do Sul recebem o pagamento independentemente do NIS. O pagamento unificado beneficiará cerca de 658 mil domicílios do estado. Moradores de 23 municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública em seis estados também recebem o Bolsa Família nesta sexta, independentemente do NIS.

O valor mínimo corresponde a R$ 600,00, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 683,75. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,84 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,23 bilhões. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50,00 às mães de bebês de até seis meses, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50,00 às famílias com gestantes e filhos de sete a 18 anos e outro, de R$ 150,00, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos 10 dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida em lei que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago para pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período de reprodução dos peixes.

Cadastro

  • Desde julho do ano passado passou a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
  • Com base no cruzamento de informações, cerca de 170 mil de famílias foram canceladas do programa por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família.
  • O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
  • Em compensação, outras 200 mil de famílias foram incluídas no programa, neste mês.
  • A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Regra de proteção

Cerca de 2,58 milhões de famílias estão na regra de proteção em junho. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 370,54.

Auxílio Gás

  • O Auxílio Gás também começou a ser pago nesta segunda-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), com NIS final 1.
  • O valor foi mantido em R$ 102,00 por causa das reduções recentes no preço do botijão.
  • Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,8 milhões de famílias.
  • Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 quilos.
  • Só pode receber o Auxílio Gás quem está no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
  • A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.