Cultivando sabores

25 de julho é Dia do Agricultor. Em homenagem a este trabalhador tão importante para todos nós, conversamos com Sérgio Sachet, o produtor de uvas, Destaque 2019. No próximo dia 22 ele vai receber o certificado do reconhecimento, na Câmara de Vereadores, às 18h

A doçura das frutas que chegam a nossa mesa está diretamente ligada à ação de quem as produz. Você sabia disso? Uma atitude diferente no trabalho do homem do campo e o resultado vem parar no paladar. A crença se comprova na produção de uvas Itália e Niágara Rosa do Agricultor Destaque 2019, Sérgio Sachet.

“Se tem uma parreira que não é doce, eu nem colho. É assim há 19 anos! Eu prezo a fruta boa, aquela que tem 100% de qualidade”, entrega o responsável por atrair, com sua produção vendida diretamente ao consumidor, clientes de vários lugares do Estado.

Na linha Vicentina, em Farroupilha, os hectares são destinados à Uva Rainha Itália, preferência dos descendentes de italianos, e em Pareci Novo, a estrela da terra é a Niágara Rosa, preferência dos descendentes de alemães. Todas uvas de cobertura. “A uva de mesa é fruta delicada e por isso precisa de cobertura para não sofrer tanto com o clima. Mas ainda assim, como o agricultor depende do tempo, do clima, é um desafio produzir com qualidade, mesmo com a cobertura em cima do parreiral”, explica.

Dividindo o trabalho entre os locais nos quais mantém sua produção, Sachet passa o ano em função da terra, afinal, há tempo para tudo em uma safra.  

Para relaxar, o homem do campo vai para… o campo. “Minhas viagens são pelo campo. Fujo de movimento, de excesso de gente. Gosto de ver plantações, inovações, pecuária”, confessa.

Sachet trabalha ao lado do filho Diego, estudante de Agronomia e produtor de morangos orgânicos há cinco anos. Juntos enfrentam os desafios da agricultura, mas acertaram no manejo da produção e o resultado é que sempre vendem tudo o que produzem. “Estou muito feliz por ter meu filho trilhando este caminho, fazendo o que eu faço. Comecei minha vida com morangos, dando continuidade a algo que está no meu sangue e agora vejo o Diego comprometido com a mesma coisa, produzindo frutas saudáveis e levando isso para as pessoas”, diz orgulhoso.

Por acreditar que a “produção orgânica é o futuro”, Sachet preza pelos cuidados do que produz. Segundo ele, prefere ter menor quantidade para garantir a qualidade. “Excesso de produção não dá qualidade e minha realização é quando o cliente diz que a minha uva é a melhor que ele já comeu. Quem experimenta, volta”, garante o agricultor que chega, no máximo, aos 25 mil quilos de produção por ano. Tudo vendido no quiosque de sua propriedade, direto ao consumidor.

Segundo ele, já foi procurado por grandes supermercados para comercializar suas uvas, mas não achou interessante.

Para Sachet, toda esta “rigorosidade” em relação à produção é a responsável por ele ganhar o reconhecimento de Agricultor Destaque 2019. “Estou muito contente com isso! Sou persistente e nunca me conformo com o bom porque sempre tem como melhorar. Com isso a gente acaba sendo rigoroso, mas o resultado compensa”, diz o homem que importou da Itália a muda que construiria sua fama no lugar onde vive.