Sextilho da Vereança – Fran Bonaci

Jornal O Farroupilha está realizando a publicação de uma série de entrevistas rápidas com os vereadores do município

Na terceira tentativa de se tornar vereadora de Farroupilha (ela concorreu também em 2016 e 2020), a empresária Francyelle Bonaci de Matos, natural de Esteio, casada com Ricardo Magnabosco e mãe de duas meninas, Cecília, de sete anos, e Clara, três anos, chegou ao Legislativo na eleição de outubro passado, com 948 votos, pelo PDT. Formada em Processos Gerenciais pelo IFRS – Campus Farroupilha, e cursando pós em Serviço Social e Políticas Públicas, Fran Bonaci completou 30 anos em 22 de novembro e mora desde 2009 – há 16 anos – em Farroupilha.

A entrevista

– Por que ser vereadora de Farroupilha?

Força e voz foram as palavras usadas no meu selo durante a campanha eleitoral. Isso representa, para mim, o que é ser vereadora: a oportunidade de ser a voz ativa da comunidade, de lutar por mudanças reais que impactem a vida das pessoas de forma direta. É a chance de representar os anseios da população, transformar problemas em soluções concretas e trabalhar para uma cidade mais justa e igualitária. Não é só um cargo, é uma responsabilidade de construir um futuro melhor para todos, com força, ética, compromisso e, acima de tudo, empatia e acolhimento.

– Qual seu primeiro projeto para esta Legislatura?

A criação da Frente Parlamentar de Apoio e Promoção dos Direitos e Políticas Públicas para  Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação que tem como objetivo propor projetos e promover debates, visando uma cidade mais inclusiva, em parceria com as pessoas e entidades que representam a causa, de forma que a inclusão seja realmente  vivenciada nos ambientes coletivos da cidade.

– Como a senhora vê o município atualmente, fazendo uma análise ampla e geral?

Farroupilha é uma cidade pujante, formada por pessoas que fazem acontecer: que sonham,  trabalham e realizam. Nosso sentimento de solidariedade e comprometimento se reflete tanto  nas pequenas quanto nas grandes ações e conquistas. Temos uma economia diversificada, com destaque para a agricultura, o comércio e a indústria. Apesar de sermos um município de médio porte e referência na região, muitas vezes acabamos sendo apenas um ponto de “passagem” para outras cidades que investem mais em turismo e no desenvolvimento econômico da Serra.

– Qual o maior problema que o município enfrenta, na sua opinião, e como resolver?

A cidade tem crescido exponencialmente em termos de população, mas ainda não está  adequadamente estruturada para receber a todos. Faltam moradias populares, vagas em  creches e atendimento rápido na área da saúde. Com isso, enfrentamos desafios em áreas como mobilidade urbana e saneamento básico, que exigem investimentos e planejamento para melhorar a qualidade de vida das pessoas a longo prazo. Esses projetos não podem ser vistos como iniciativas de um governo, mas como projetos para a cidade, com continuidade independentemente da gestão que assuma. Afinal, “não existem soluções simples para problemas complexos”.

– Qual a avaliação que a senhora faz do governo que passou, do ex-prefeito Fabiano Feltrin?

Todos os governos focam em pautas que mais os representam e com as quais mais se identificam. O Feltrin, em questão, priorizou e trabalhou em algumas pautas ideológicas que não trouxeram retorno para a cidade, como a briga sem nexo com o ministro Paulo Pimenta, que resultou na reversão do status de calamidade pública da cidade e dificultou o acesso a recursos para Farroupilha, naquele momento. Na minha opinião, o governo Feltrin teve erros e acertos. Focou em fazer caixa e alcançar superávit, esquecendo que o município não é uma empresa, ou seja, não precisa dar lucro, mas sim retorno para a população em relação aos impostos pagos. Com isso, demorou muito — mais de dois anos — para iniciar, executar e finalizar obras e projetos. Mas também houve acertos, como os projetos dos parques inclusivos, o retorno da Feira do Livro, entre outros.

– Qual a sua expectativa em relação ao governo que está iniciando, do prefeito Jonas Tomazini?

Tenho uma boa expectativa em relação ao governo do Jonas. Sou entusiasta de jovens gestores na política e acredito que o Jonas e o Thiago representam isso. Ambos passaram pela Câmara, o que lhes proporciona um bom entendimento dos problemas históricos e cotidianos que a cidade enfrenta. Farroupilha precisa de líderes presentes e comprometidos com as pessoas, com os problemas do dia a dia, com empatia para acolher e encaminhar o que realmente faz a diferença na vida de todos, e coragem para planejar e executar boas obras e projetos para o desenvolvimento futuro da cidade. Nosso mandato estará fiscalizando com atenção os passos da nova gestão, para cobrar quando necessário e ajudar no que estiver ao nosso alcance como representante do município

Atenção

  • Todos os vereadores de Farroupilha receberam este mesmo questionário para ser respondido. As publicações serão feitas conforme a ordem de recebimento das respostas encaminhadas pelos parlamentares.
  • Já foram publicadas entrevistas com os vereadores Darlan de Jesus, Argídio Schmitz, Roque Severgnini e Juliano Baumgartem.