Quem é Juliane, a próxima primeira-dama de Farroupilha

Cláudia Iembo
claudia@ofarroupilha.com.br

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Quando somos jovens, iniciando a vida profissional, temos uma visão romântica do mundo até que nos deparamos com realidades diferentes daquela que conhecíamos e, então, o choque resulta em crescimento. Inserida neste contexto, a jovem Juliane Lazzari Tomazini, em seu primeiro trabalho remunerado como estagiária na prefeitura, aos 15 anos, começou a traçar seu caminho ao se questionar: “Quem eu vou ser no mundo para mudar isso? ” A resposta veio como advogada e, agora, com novas oportunidades do papel que abraça a partir de janeiro de 2025, o de primeira-dama de Farroupilha.

“É um cargo fundamental de voluntariado e muito representativo de auxílio à sociedade. Nos últimos anos, acompanhei Ariane Feltrin e percebi o quanto é importante o engajamento da primeira-dama. Sei que vem muito trabalho, mais isso não me assusta. Sinto-me honrada! Nossos propósitos são guiados por Deus”, afirma segura a farroupilhense de 35 anos. Depois de 45 dias de uma campanha intensa para o resultado obtido por Jonas nas urnas, no último dia 6 de outubro, ela diz que tudo superou as expectativas.

“Esperávamos uma aprovação boa, diante de todo o trabalho desenvolvido até aqui, mas não esperávamos esta grande diferença de votos! No início da campanha, muitos não conheciam o Jonas e eu sempre disse a ele que as pessoas só precisavam conhecê-lo. Só não ama o Jonas quem não o conhece”, diz a esposa apaixonada, mas também a cidadã que complementa, convicta: “Nasci e cresci em Farroupilha, e não existe nenhuma outra pessoa em quem eu confie mais para administrar a cidade”.

Juliane acredita que os eleitores viram toda sua família trabalhando unida e também se identificaram com isso. “Temos grandes pilares em nossa vida, que são família, trabalho e espiritualidade. O primeiro ato de Jonas em público, depois dos resultados, foi rezar um ‘Pai-Nosso’ de agradecimento”, relembra, voltando ao domingo da vitória. Ela e o marido se conheceram em 2021, na prefeitura, quando ela exercia assessoria jurídica. “Percebemos que nossos valores são muito próximos e ele diz que se apaixonou por mim quando eu contei que aos 16 anos sai em defesa de um menino dentro da van, que havia perdido a parada e o motorista havia sido grosso com ele”, recorda, pontuando as memórias de encantamento do casal.

Ali já despontava a advogada. Especializada em Direito Civil, passou por alguns escritórios de advocacia, entre eles um, em especial, no qual trabalhou por cinco anos e que fez questão de comentar: “Sou muito grata ao doutor Walter e ao doutor Maurício Bianchi, que me ensinaram valores profissionais que vão me acompanhar por toda a vida. Doutor Walter foi meu grande professor”.
Ela sonhava em ser “CEO de um escritório de advocacia”, mas está tranquila pela crença que tem: “os planos de Deus são sempre os melhores para nós”, diz em sua fé universalista.

Juliane é advogada autônoma e atua também nas cidades de Bento Gonçalves e Caxias do Sul. Diz que com o novo ciclo que se aproxima vai diminuir o ritmo, mas continuará se mantendo ativa na profissão. Além disso, ao lado da irmã Justine, administra o Spa Iluminar, com revenda de produtos da L´Occitane au Brésil .
Saindo da esfera profissional, ela é mãe de Maria, quatro anos, e de João Victor, que completa um aninho no próximo dia 13. Por ter uma relação ótima com os irmãos, Justine e Gabriel, diz que nunca cogitou ter apenas um filho. “Sei o que meus irmãos representam em minha vida”, acrescenta a filha de Marisa e Nivaldo e que também foi abraçada pelos pais de Jonas, Marilde e Darci. Não apenas ela, como a filha Maria, “a primeira neta” de Darci, recentemente falecido. “Como mãe de duas crianças não tenho como não pensar que futuro quero para eles e para todas as crianças. Precisamos deixar a melhor cidade e como eu costumo dizer para a Maria: ´o bem sempre vai vencer´”.

Juliane olha nos olhos, sorri em suas afirmações e, mesmo sabendo de todo trabalho que terá como primeira-dama, está segura com sua rede de apoio, que inclui a Miriam, que trabalha em sua casa, como faz questão de mencionar. Está pronta para o papel ao lado do marido eleito pela histórica diferença de votos. “Não vamos nos distanciar das pessoas, mesmo ocupando os cargos e eu já pedi aos mais próximos que caso eu me iluda na caminhada, que me avisem porque eu preciso ser a Juli, sem títulos, então, eu vou continuar falando e rindo alto, sendo eu mesma”, finaliza a próxima primeira-dama.