Os 20 dias de Pedrozo – prefeito em exercício

Findado o afastamento por problema de saúde, Claiton Gonçalves volta à prefeitura e Pedro Pedrozo ao cargo de vice-prefeito. Foram 20 dias intensos, mas nada é em vão

A vida segue um rumo que muitas vezes não planejamos. A afirmação serve para todos nós, independente de cargo ou classe social ou convicções, sejam lá quais forem. Se existe algo que pode nos nivelar e nos fazer lembrar que somos todos iguais é exatamente o que estamos vivendo agora: a ameaça de uma pandemia.
Antes de sermos assolados por ela, um cenário político peculiar estava formado em Farroupilha. Em consequência, Pedro Pedrozo, o vice-prefeito, assumiu a gestão do município, em 11 de março. Como prefeito em exercício, e especialmente diante da urgência do enfrentamento do coronavírus, ele se destacou pela constante atuação, trabalhando incansavelmente para que tudo dê certo na cidade que ele adotou há 37 anos.
Nos 20 dias em que ocupou o cargo, já que Claiton Gonçalves reassumiu em 31 de março, Pedrozo enfrentou o maior desafio de sua vida, segundo suas próprias palavras. “Sem dúvida, nestes dias em que estive à frente da administração municipal enfrentei o maior desafio da minha vida e com certeza o maior desafio da nossa geração: uma praga secular que temos que combater porque é uma gripe de contágio muito rápido e que acaba tumultuando o sistema de saúde, matando muita gente. É preciso equilíbrio e muito esclarecimento para que todos tenham essa consciência e para que a gente saia com menos perdas possíveis. Esta doença veio para mudar nossa vida, a nossa forma de pensar. Ela provou que não adianta ter posses, que precisamos muito mais das famílias do que imaginávamos, que precisamos muito mais uns dos outros do que imaginávamos. As lições disso são enormes”, comentou.

Pedrozo, em comunhão com a população e com as entidades, agiu com sua equipe e em poucos dias os resultados se materializaram, como a criação do Comitê de Atenção ao Coronavírus e a criação e abertura da Upa Coronavírus. Notícias diárias começaram a ser fornecidas para que a população pudesse acompanhar as ações tomadas. Questionado sobre esta proximidade com os munícipes, foi direto na resposta. “Não tem segredo, apenas sinceridade e clareza ao falar”, responde.

Com a roda girando, voltou a ocupar o cargo de vice-prefeito. “Minha presença no governo não se dá por imposição e sim por legalidade. O vice-prefeito substitui o prefeito em qualquer eventualidade. Fiz da melhor forma possível e seria egoísmo imaginar que esse cargo era meu. Com a volta do prefeito, volto à minha função como voluntário para fazer qualquer coisa. Abrimos uma porta a mais que nos mostrou um horizonte maior, provamos que se conversarmos com os outros, nós conseguimos resolver mais fácil os problemas e ter um número de acerto maior. Esta lição é a que fica”, afirmou.

Fica também a certeza de que Pedro Pedrozo marcou a história de Farroupilha com sua atuação junto à equipe de profissionais em um capítulo delicado da humanidade chamado Coronavírus. “Estamos atravessando um momento duro e ainda está por vir uma dificuldade muito grande, não importa quem nos dirija, importa como nós vamos agir nessa fase seguinte porque precisamos estar firmes e eu nunca tive dúvidas do quanto o nosso povo é bom e da capacidade de reação que temos. Vivemos num dos lugares mais lindos e produtivos do mundo! Deus me colocou no lugar certo e eu tenho muita gratidão por esse povo”, diz o homem que sabe que o desafio agora não é o de uma instituição, mas o de toda uma geração, como ele mesmo ressaltou.

Em ano eleitoral, se é que será mesmo um ano eleitoral, o sonho do político Pedro Pedrozo é o mesmo de todos os homens do planeta. Alguém adivinha? “Que a gente passe bem por esta pandemia, que a gente saia melhor deste mal e que depois possamos reorganizar a economia para que sejamos um pouco mais felizes”.
Se ele tem gratidão pelo povo farroupilhense, o contrário também é verdadeiro. Resultado dos últimos 20 dias como prefeito em exercício de Farroupilha.

 

“…provamos que se conversarmos com os outros, nós conseguimos resolver mais fácil os problemas e ter um número de acerto maior. Esta lição é a que fica”.