Gemellaggio pode ser rompido
Acordo entre Farroupilha e Latina pode terminar jus protesto ao caso Cesare Battisti
A Itália vem se mostrando contra a não extradição de Battisti por parte do Brasil. Em sinal de protesto em relação ao caso, o prefeito da cidade de Latina, Giovanni Di Giorgi, estuda romper o Gemellaggio com Farroupilha, por considerar inaceitável e ofensiva a atitude brasileira. O acordo das cidades-gêmeas já dura 3 anos.
Para o prefeito Di Giorgio, a não extradição de Cesare Battisti é inadmissível e ofende a Itália, colocando em discussão o nosso estado de direito, as nossas normas democráticas e a nossa civilização, assim como ofende a memória das vítimas do terrorismo e suas famílias, afirmou.
Uma atitude a ser condenada e que merece uma resposta severa da parte da Itália. Por isso proponho que Latina rompa o Gemellaggio em curso com a cidade brasileira de Farroupilha, uma amizade no campo cultural, econômico e social que se baseia no recíproco respeito e compartilhamento de normas de civilidade que, evidentemente, o governo do Brasil se permite não reconhecer à Itália, argumentou o prefeito.
Tentando reverter o possível rompimento do acordo, o poder legislativo de Farroupilha aprovou na terça-feira (21), o envio de um ofício aos governantes de Latina, demonstrando o interesse de nossa cidade em permanecer com o acordo. No documento foram ressaltados os benefícios que o Gemellaggio trouxe não somente para Farroupilha, mas para Latina também, e os inúmeros benefícios que ainda trará em relação ao futuro desenvolvimento social, econômico e cultural.
Para o prefeito Ademir Baretta todas as medidas possíveis estão sendo tomadas e a impressão que Farroupilha tenta passar a Latina, por meio da representante do governo de Latina e coordenadora do Gemellaggio – Marilena Sovrani, é de que a decisão tomada pelo Governo Federal não condiz com a opinião da cidade. Muitas conquistas em pouco tempo foram realizadas, como parceria com câmaras de comércio e intercâmbio com Universidades de Caxias do sul e La Sapienza e Università della Tuscia, de Latina para professores e alunos, especialmente os farroupilhenses.
O governo federal tentou desta maneira não retaliar o Brasil, mas acabou retalhando os brasileiros, acrescenta Baretta