Entidades empresariais fazem apelo na Assembleia para retomar atividades e manter empregos

Uma reunião entre  lideranças e federações empresarias com a bancada federal gaúcha e deputados estaduais, realizada segunda-feira, 3 de junho,

Uma reunião entre  lideranças e federações empresarias com a bancada federal gaúcha e deputados estaduais, realizada segunda-feira, 3 de junho, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, tratou sobre  recursos que assegurem o pagamento dos salários de maio de cerca de 115 mil empresas afetadas em virtude da catástrofe ambiental no estado.  O deputado Luciano Silveira (MDB) representou a presidência da Assembleia Legislativa no encontro, e defendeu a união das bancadas e apoio aos governantes.

Representantes das entidades empresariais, liderados pelo presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, apresentaram três pautas urgentes: manutenção de emprego e renda, isenção tributária a fundo perdido e agilidade na retomada das atividades do Aeroporto Salgado Filho. “A medida mais urgente é o dinheiro para a folha que deve ser paga até sexta-feira, dia 7”, enfatizou Costa. Pela Farsul, Gedeão Pereira frisou que além do “o governo federal deve se voltar ao setor agrícola”,  e criticou  a compra de estoque de arroz  estrangeiro..

Dentro das ações de enfrentamento à crise,  Leonardo Lamachia, presidente da OAB/RS,  disse que a entidade defende em carta aberta a retomada do Salgado Filho, a extinção da dívida pública do estado e a antecipação do pagamento dos precatórios de 2025 para 2024, tanto estaduais quanto federais, além da criação de uma Zona Franca com estímulo à geração de emprego e renda. A reedição de medidas da pandemia (da Covid-19) e o socorro às empresas foram as  principais propostas defendidas pelos deputados federais, à medida que a formatação da ajuda já existe e seria necessária apenas adequação.  

O coordenador da bancada gaúcha no Congresso, Dionilso Marcon (PT), assegurou a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, no Rio Grande do Sul, para discutir a pauta de ajuda às empresas. Ainda segundo ele, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, vai receber a bancada gaúcha para tratar da urgência do Aeroporto Salgado Filho.  Referindo-se ao papel regulador da Conab e à compra de arroz do mercado externo, afirmou que a solução deve ser construída com diálogo.  “Temos responsabilidade com a produção do nosso estado”.

Aeroporto Salgado Filho

O deputado Frederico Antunes (PP), líder do governo na Assembleia, informou detalhes da visita técnica ao aeroporto, na segunda, ao lado do ministro Paulo Pimenta e da direção da Fraport, que administra o complexo, quando foi anunciada uma previsão de retomada das atividades somente no mês de dezembro. “O primeiro levantamento é apenas  uma parte. Falta a análise da sub-base da pista – que deve ser feita até o final de julho”. Segundo ele,  o custo das estruturas é de R$ 300 milhões, além de R$ 44 milhões para compra de equipamentos importados. “O que é importante  é que  agora temos um realinhamento. Há  um ambiente de diálogo”, enfatizou Frederico Antunes.