125ª Romaria Votiva de Nossa Senhora de Caravaggio e a importância da agricultura no município
A atividade religiosa, com o lema “Peregrinos da Esperança”, que será realizada
nos dias 1º e 2 de fevereiro, celebra a história de homens e mulheres ligados à terra e serve para refletir sobre a importância do meio rural no desenvolvimento do município

Adriana Lins – adrilins2009@hotmail.com
.
A origem das Romarias Votivas iniciou em 1899, quando agricultores enfrentavam problemas de estiagem na região. Recorrendo à figura de Nossa Senhora de Caravaggio, em 2 de fevereiro daquele ano, uma chuva abundante caiu, repondo todas as fontes de água na localidade. Com isso, a romaria se tornou um símbolo de fé e esperança para a comunidade. A cada ano, milhares de devotos, principalmente agricultores, se reúnem para agradecer pelas colheitas e pedir proteção para o próximo ano.
Esta reportagem especial ressalta a fé, o trabalho e o amor pela terra. Mostra a importância do meio rural para a economia do município, a valorização e o protagonismo da agricultura familiar, das agroindústrias e da produção de agroecológicos, bem como da vitivinicultura.
Traz ainda o relato de produtores que convivem diariamente com desafios, conquistas, falta de mão de obra, fatores climáticos e inúmeros outros percalços. Além disso, neste espaço destaca-se o impacto das políticas públicas para o setor, o fomento ao crescimento da produção agrícola, a contribuição de entidades no auxílio aos produtores e a esperança de um futuro melhor para as novas gerações neste segmento.

Programação
A programação acontece nos dias 1º e 2 de fevereiro de 2025, com atividades no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha:
- 1º de fevereiro (sábado)
20h: Récita do Santo Terço com Procissão Luminosa
- 2 de fevereiro (domingo)
6h30min: Missa
8h: Missa
10h: Missa Solene e Bênção das Máquinas Agrícolas
12h: Almoço Festivo
15h: Missa
17h Missa
18h: Récita do Santo Terço
Missas com bênção das velas e da garganta
Agricultura: diversificação, avanços e desafios
A agricultura familiar desempenha um papel fundamental na economia de Farroupilha e é indispensável para a segurança e soberania alimentar. Pequenos produtores cultivam uma grande variedade de frutas, como uva, pêssego, caqui, kiwi e ameixa, entre outras, além de hortaliças, abastecendo não só o mercado local, mas também outras regiões do Brasil e até mesmo do exterior.
A produção de uva moscatel, inclusive, confere a Farroupilha o título de Capital Nacional do Moscatel. O município ainda é referência como terceiro maior produtor de uva e segundo maior de pêssego in natura do Estado. No setor primário, destaque também para a produção das agroindústrias locais e produtos agroecológicos, mostrando que aqui o segmento é diversificado.
Com o apoio de políticas públicas, investimentos em tecnologia e a valorização dos produtos locais, o setor tem potencial para crescer ainda mais e se consolidar como um dos mais importantes do estado.
De acordo com Márcio Ferrari, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Farroupilha, Sintrafar, a agricultura avançou muito nos últimos 10 anos. Conforme ele, hoje, as famílias estão menores e mesmo assim conseguem aumentar ou manter a produtividade. Ele também destaca a importância do setor para o país. “A agricultura familiar no Brasil produz 70% do alimento que chega à mesa do consumidor”, ressalta.
O presidente destaca que uma das preocupações do setor é a necessidade de volume de produção. Muitos produtores com culturas diversificadas, mas em pequena escala, têm dificuldade em sustentar suas propriedades. “O que pode acontecer, e já observamos em alguns casos, é o produtor não conseguir se manter e acabar vendendo suas terras, que muitas vezes servirão como núcleos habitacionais, deixando assim, de produzir alimentos”, comenta o presidente do Sintrafar.
Conforme Ferrari, o setor enfrenta desafios cruciais. E a escassez de mão de obra, especialmente durante a colheita é uma delas. Ele reforça que em 2024, houve uma mudança significativa na contratação desses trabalhadores, com a necessidade de seguir as normas da CLT. E o Sintrafar tem auxiliado os agricultores nesse processo, oferecendo orientação.
A emissão de Nota Fiscal Eletrônica também tem recebido apoio do sindicato, embora a falta de sinal de internet em algumas áreas ainda represente um obstáculo. Cursos de aperfeiçoamento e parcerias com agroindústrias são outras ações importantes, mas Ferrari defende a necessidade de mais incentivos. O sindicato também auxilia os agricultores na inscrição em feiras, como forma de divulgar e vender seus produtos.
O acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia é outro ponto que merece atenção. Para Ferrari, ainda não está claro como a entrada de produtos europeus, como queijos e vinhos, por exemplo, afetará a realidade regional. “Qual o respaldo que o governo federal vai dar à nossa categoria quando esse momento chegar?”, questiona Ferrari, comentando a falta de políticas públicas em todas as esferas para sanar esse problema.
Além de todos esses pontos, deve ser mencionado que o futuro da agricultura passa pelos jovens, que trazem novas tecnologias e ideias para as propriedades. Outros pontos importantes são a melhoria da infraestrutura e a valorização das culturas tradicionais, que se tornam essenciais para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento do setor.
Apesar de todos os avanços, a agricultura em Farroupilha ainda enfrenta alguns desafios, como a necessidade de investir em infraestrutura, a melhoria de estradas, a concorrência de outros estados e a mudança climática.

Auxílio direto ao agricultor
O sindicato tem um papel fundamental na defesa dos interesses da categoria, buscando a valorização do produtor. Márcio Ferrari destaca uma conquista recente: “Pela primeira vez, conseguimos o preço mínimo da uva, o que ajuda o produtor nos seus custos”. O Sintrafar também auxilia na organização das propriedades, realizando lutas diretas e manifestos para maior reconhecimento do setor, incentivando a participação de mulheres e jovens na gestão do sindicato. Atualmente, a entidade conta com 1,2 mil associados.
Nesse contexto, a Emater também desempenha um papel de extrema importância no desenvolvimento da agricultura familiar em Farroupilha, assim como em todo o Rio Grande do Sul. Sua atuação abrange diversas áreas, desde a assistência técnica aos agricultores até a promoção de práticas sustentáveis e a disseminação de conhecimento.
O órgão oferece orientação técnica aos agricultores, auxiliando na escolha das melhores práticas de cultivo, no uso de tecnologias adequadas e na resolução de problemas. Também promove a transferência de conhecimentos e tecnologias para o meio rural, buscando melhorar a qualidade de vida dos agricultores e aumentar a produtividade.
A Emater ainda atua como articuladora entre os agricultores e as políticas públicas, buscando garantir o acesso dos produtores a recursos e benefícios. O trabalho destas entidades é fundamental para assegurar ao produtor, mais segurança, orientação técnica, possibilidade de crescimento e avanços contínuos, o que acabará se refletindo no fortalecimento do meio rural e, consequentemente da economia do município.



Produtores investem em tecnologia para garantir a produção de frutas de qualidade
Jeancarlo e Jessica Pessin, de São Marcos, interior de Farroupilha, cultivam principalmente pêssegos, além de uva e caqui. Para garantir a qualidade de seus produtos, eles investem em tecnologia e em práticas agrícolas sustentáveis. Uma das principais dificuldades enfrentadas pelos produtores é o clima, especialmente as geadas.
Para proteger seus pomares, o casal instalou um sistema de antigeada, que utiliza a aspersão de água, para criar uma camada protetora sobre as flores e os frutos para protegê-los contra o congelamento. “É um trabalho intenso, feito durante toda a madrugada, mas vale a pena para garantir a qualidade da nossa produção”, afirma Jeancarlo.
A falta de mão de obra também é um desafio comum no setor agrícola. Neste ano, eles precisaram contar com a ajuda de familiares para realizar a colheita. “A dificuldade em encontrar diaristas e a burocracia nos fez buscar soluções dentro da família”, comenta Jessica.
Além do sistema de antigeada, os Pessin também investiram em irrigação, garantindo a água necessária para as plantas, mesmo em períodos de seca.
A busca por conhecimento também é uma constante na propriedade. “Fizemos cursos na área da agronomia e isso nos ajudou muito a melhorar a qualidade da nossa produção e a gestão da propriedade”, afirma Jeancarlo. Os dois são um exemplo de como a agricultura familiar pode ser moderna e eficiente. Com dedicação e investimento em tecnologia, eles conseguem produzir frutas de alta qualidade e contribuir para o desenvolvimento do setor em Farroupilha.



Destaque para a produção orgânica com diversidade de produtos
Farroupilha se consolida como um polo de produção orgânica na região, reunindo 26 famílias e três agroindústrias certificadas pela Lei nº 10.831/2003 e suas Instruções Normativas. E a Associação Farroupilhense de Agroecologia, Afagro, fundada em 2014, tem papel fundamental na organização e no fortalecimento desse setor.
De acordo com Bruna Basso, presidente da Afagro a produção é diversificada, abrangendo principalmente frutas e hortaliças, como legumes e vegetais diversos. Entre as unidades familiares, destacam-se dois viveiristas – Viveiros Picoli e Viveiros MAB – especializados na produção de mudas orgânicas de hortaliças.
Além da produção primária vegetal, a associação conta com três agroindústrias que agregam valor aos produtos orgânicos: Vinícola De Cezaro: que produz vinhos e sucos orgânicos; Tensei Indústria de Alimentos Vegetais Ltda, que fabrica alimentos como hambúrguer de cenoura, empada de grão de bico com cogumelo e quinoa, salsicha de cenoura, bolinho de feijão e cacau, entre outros e, Agroindústria Familiar Espaço do Sossego, que dedica-se ao cultivo de pequenas frutas como amora, mirtilo, framboesa e morango, vendidas in natura e congeladas, além de produzir geleias com e sem açúcar, doce de figo cremoso e geleia de araçá.
Apesar do crescimento do setor, alguns desafios persistem, como a escassez de mão de obra, o custo dos insumos e a necessidade de maior divulgação dos produtos. Para Bruna, que também cultiva, no manejo orgânico amoras e framboesas, a Feira Agroecológica é um importante canal de comercialização. “A feira acontece todas as quintas-feiras, das 10h30 às 15h, no mesmo pavilhão da Feira Livre do Produtor.
No local, os consumidores podem encontrar uma grande variedade de produtos frescos e certificados, como alfaces, couve-folha, salsa, cebolinha, rúcula, tomate, cenoura, beterraba, almeirão, ervilha, pepino, pimentão, batata doce, batata baroa, repolho, PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) como o peixinho da horta, temperos, chás naturais, feijões, farinha de milho, açúcar mascavo, além das frutas já citadas”, ressalta.
A Afagro e seus associados demonstram o potencial da agricultura orgânica em Farroupilha, oferecendo produtos de qualidade e contribuindo para um sistema alimentar mais saudável e sustentável.



Amor pela terra e luta diária de quem é produtor
Moradores da Linha Jacinto, a família Clement é um exemplo de força, dedicação e muito trabalho. Para eles a agricultura é mais do que apenas a fonte de sustento, representa o amor pelo interior, a beleza da natureza e onde se sentem realizados. Sentimentos que a maioria dos produtores tem pela sua terra.
Na propriedade com cerca de nove hectares, Juliane e o marido Edison cultivam basicamente uva. “Somos sócios da Cooperativa Nova Aliança. Entregamos nossa produção para a finalização de bebidas, que são reconhecidas como de alta qualidade”, ressalta Juliane.
No entanto, não são apenas dias de alegria vividos no interior. O casal conta que os desafios enfrentados, principalmente os climáticos, são os mais difíceis.
“Nos últimos cinco anos, três foram de secas horríveis. Vimos as parreiras murchando, quase morrendo de tanta sede. Depois tivemos um ano de muita chuva, desde a brotação. Nesse período os cachos de uva foram destruídos por doenças causadas pela umidade e a safra foi muito prejudicada”, contam. “O ano de 2024 foi muito complicado. O volume de chuvas em maio causou muitos estragos, como desmoronamento de trechos de terra, estradas danificadas, arames de sustentação dos parreirais arrancados e muito mais”, complementam.
Tudo isso gerou um custo muito alto e um esforço gigantesco, conforme Juliane, até que tudo voltasse ao normal. Já a safra de 2025 está sendo compensatória, principalmente por não terem sido atingidos pelo granizo. “Os canhões de antigranizo trazem certa ‘calmaria’, para nós, é a revolução que a agricultura tanto precisava”, destaca. A família ressalta que, mesmo em tempos difíceis, a satisfação em trabalhar, plantar, cuidar e colher é muito maior e que dessa forma eles criam os filhos, com respeito e amor pela terra.

Importância de políticas públicas e incentivos para as agroindústrias
Para o produtor rural Daniel Troes, proprietário da Casa Troes, localizada na Linha Ely, estrada para Salto Ventoso, um dos desafios para as agroindústrias é a falta de políticas públicas mais específicas para o setor e a necessidade de incentivos para fortalecer a comercialização dos produtos.
“No governo federal, as políticas são amplas, porém mais voltadas para financiamentos, faltam ações diretas para garantir a venda dos produtos”, afirma Troes. “Em nível municipal, também precisamos de mais incentivos, como redução das taxas cobradas e a criação de espaços próprios para a venda dos produtos da agricultura familiar”, completa.
Um dos principais desafios enfrentados por Troes foi a obtenção dos alvarás municipais para a sua agroindústria. “Levei três anos para conseguir todos os documentos necessários”, relata. Ele acredita que o apoio do município é fundamental para superar esses desafios. “É necessário oferecer suporte para o desenvolvimento da agroindústria, como a adaptação da legislação para estes casos e o incentivo da produção local, isso estimularia mais a produção”, afirma.
Em sua agroindústria, o produtor aposta na diversificação da produção, com foco em frutas da época como figo, uva, morango, além de sucos e panificados como pão e cuca. Como metas, Troes pretende fortalecer a marca, expandir a comercialização e criar uma estrutura própria para a fabricação de suco de uva e área de estoque. “São melhorias que visam o desenvolvimento da agroindústria”, finaliza.

com qualidade e sabor. Fotos: Daniel Troes


Desenvolvimento do setor vitivinícola e a importância da Afavin
Farroupilha se destaca nacionalmente pela produção de uvas moscatéis, impulsionando esse setor em constante evolução. A Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin) tem um papel fundamental nessa trajetória, buscando a excelência e contribuindo para o fortalecimento da marca “Farroupilha – Terra do Moscatel” no mercado de vinhos, espumantes e sucos.
Em 2025, a Afavin completa 20 anos. Ela conta atualmente com 10 vinícolas associadas: Adega Chesini, Cave Antiga Vitivinícola, Cooperativa São João, Vinícola Tonini, Vinícola Belmonte, Cooperativa Nova Aliança, Vinícola Cappelletti, Casa Perini, Casa Colombo e Monte Paschoal. A associação também se prepara para receber novos membros, expandindo ainda mais sua representatividade.
Conforme a presidente da Afavin, Rosane Meggiolaro Cappelletti, a entidade em parceria com o Sebrae, foi fundamental para a implantação da Rota Turística Terra do Moscatel, um marco para o município. “Essa iniciativa impulsionou o enoturismo na região, destacando o Moscatel, produto que conquista cada vez mais o paladar do público e projeta o nome de Farroupilha para o Brasil”, comenta.
“Hoje temos vários eventos ligados ao Moscatel, como o Festival do Moscatel Tradicional, o Festival do Moscatel Garden, eventos que trazem turistas para Farroupilha, que posicionam o nosso município neste segmento”, complementa a presidente. Rosane também destaca que a vitivinicultura de Farroupilha enfrenta desafios constantes, principalmente em relação ao clima, que impacta diretamente a produção e a qualidade das uvas.
E a necessidade de diversificação de produtos e investimentos em tecnologia para aprimorar a produção e a comercialização também são prioridades. “A Afavin busca auxiliar seus associados nesse sentido, buscando parcerias, como a firmada com a Embrapa Uva e Vinho para o desenvolvimento de novas variedades de uvas mais resistentes e adaptáveis ao clima local”, diz.
Para os próximos dez anos, a associação tem diversas frentes de trabalho. O fortalecimento do roteiro turístico Terra do Moscatel, com melhorias na sinalização, um novo site e maior divulgação, são alguns dos objetivos. A busca por novos associados também é uma prioridade, visando ampliar a representatividade da entidade. A manutenção dos eventos já consolidados e o avanço no projeto da Denominação de Origem (DO) são outros importantes passos para aumentar a competitividade do setor no mercado nacional e internacional.



Honraria ao trabalho do agricultor
Criado em 2002, através da Lei 2.698, o Título Agricultor Destaque tem como objetivo valorizar os agricultores do município de Farroupilha, fazendo um reconhecimento aos produtores rurais dos mais variados segmentos. Quem indica é o Conselho Municipal de Agricultura formado por membros de Secretarias Municipais, Sindicatos da categoria, Cooperativas Vinícolas, associações de produtores rurais e Emater.
Os agraciados
- José Pasa – 2002
- Ricardo e Marta Haupt – 2003
- Carlos e Mário Massignani – 2004
- Dolorindo Possa – 2005
- Orlando Tang – 2006
- Plinio Tonet – 2007
- Pedro Antônio Cappelletti – 2008
- Marcos Antônio Zucco – 2009
- Olmar Pasa – 2010
- Nelson Bortolanza – 2011
- Paulo Perini – 2012
- Paulo de Cezaro – 2013
- Claudete Lourdes Casagrande Merlin – 2014
- Alexandre Henrique Bazzo – 2015
- Jandir Baggio – 2016
- Marcelo Bicca Ferrari – 2017
- Clemente Valandro – 2018
- Sérgio Sachet – 2019
- Júlio Pilotti – 2020
- Élia Benedetto Borsoi – 2021
- Celito Contini – 2022
- Pedro José Lovatto – 2023
- Lodir Mugnol – 2024
Soluções financeiras para impulsionar o agronegócio
O dia a dia do produtor rural é marcado por inúmeros desafios como estiagem, excesso de chuva, pragas e doenças. Para superar essas adversidades e investir em melhorias, é preciso contar com o apoio de parceiros financeiros que entendam as necessidades do setor.
O Sicoob se destaca como uma cooperativa financeira que oferece soluções personalizadas para os produtores rurais de Farroupilha. Com uma ampla gama de linhas de crédito, a instituição auxilia os agricultores em todas as etapas da produção.
Olen Faraide Dutra, gerente de Agro do Sicoob de Farroupilha, explica que a cooperativa oferece soluções sob medida para cada produtor, seja ele da agricultura familiar ou empresarial. “Nós auxiliamos nossos associados, hoje em torno de 1,6 mil, mediante suas necessidades e realidade para o seu crescimento. As demandas podem estar em linhas especiais para sistemas de antigeada, seguros ou outra demanda, como investimento em novas tecnologias, ou expansão dos negócios”, destaca Dutra.
Com linhas de crédito flexíveis e personalizadas, o Sicoob permite que os produtores invistam em tecnologias modernas, melhorem a infraestrutura de suas propriedades e ampliem seus negócios. Além disso, a cooperativa oferece suporte técnico e consultoria para auxiliar os produtores a tomar as melhores decisões.



Secretário de Agricultura destaca próximos passos e oportunidades do setor
Conforme o secretário de Agricultura, Rennan Bondan, o setor é um dos pilares da economia de Farroupilha, contribuindo significativamente para a geração de renda e a identidade local. Ele ressalta os desafios e as oportunidades, além de apresentar as principais ações da administração para fortalecer a agricultura no município.
“A agricultura em Farroupilha é diversificada, com destaque para a fruticultura, especialmente a produção de uvas, pêssegos, caqui, ameixa e kiwi. Nossa cidade é a Capital Nacional do Moscatel, o que demonstra a força do nosso setor vitivinícola”, afirma Bondan.
Um dos principais desafios enfrentados pelos agricultores é a variabilidade climática, com secas e chuvas excessivas impactando a produção. A infraestrutura também é um ponto crítico, especialmente as estradas rurais. “Temos mais de 580 km de estradas de chão, o que dificulta o escoamento da produção”, destaca Bondan.
Para superar esses desafios, a prefeitura tem como prioridades a melhoria da infraestrutura rural, a oferta de capacitações aos agricultores, o incentivo à agroindústria e o fortalecimento da relação entre o Poder Executivo e os produtores. “Meu objetivo é realizar uma gestão próxima das pessoas, sempre com empatia e dedicação”, afirma o secretário.
Bondan destaca ainda a importância de políticas públicas que valorizem o produtor rural e incentivem a produção de alimentos saudáveis e de qualidade. Ele também ressalta a necessidade de fortalecer a organização dos produtores e a participação deles na gestão das políticas públicas.
O secretário tem uma visão otimista para o futuro da agricultura em Farroupilha. “Reconheço que ainda temos que avançar, no entanto, conto com o apoio de cada agricultor e suas famílias para que juntos possamos fortalecer ainda mais a nossa agricultura”, completa Bondan.
