Buscando uma alternativa
Venda de CDs e DVDs também sofre bastante com pirataria. Empresas do ramo buscam soluções

Dieverson Colombo
Com o grande aumento da pirataria, lojas que vendem CDS e DVDs perceberam uma grande queda nas vendas. Algumas lojas do ramo chegaram a fechar as portas depois desse aumento. Nas lojas de Farroupilha também foi percebida essa queda. Na akustica musical, a venda de CDs e DVDs hoje representa apenas 20% do faturamento.
Marina Marmentini, proprietária da Akustica Musical, diz que depois dos anos 2000 o decréscimo das vendas desses produtos foi aumentando consideravelmente. “Temos aqueles cliente fiéis ao CD original, que de maneira alguma compram CDs piratas ou baixam da internet, porém com a facilidade de ter um computador em casa hoje em dia, muitos clientes acabaram deixando de lado os CDs originais”, explica.
Marina conta que nos últimos três anos as gravadoras tem se mobilizado em uma campanha para combater a pirataria, diminuindo os preços e produzindo em embalagens econômicas. “Os lançamentos de CDs já chegaram
em torno de R$ 35 a R$ 40, porém hoje são poucos lançamentos que custam acima de R$ 30,00″.
A proprietária acredita que o fechamento de alguns sites de baixar arquivos, vá ajudar nas vendas, pois aumentará a dificuldade para as músicas serem baixadas.
Pensando no futuro, Marina acredita que ainda vai demorar para o CD se extinguir. Mas, segundo ela, as lojas de CDs estão com os dias contados. “Quem não se antenar e mudar o foco do seu negócio terá grandes chances de fechar suas portas”.
Com o aumento da pirataria, a Akustica começou a vender instrumentos musicais e equipamentos de áudio. Mas a internet também trouxe um lado positivo para a loja. “Montamos uma loja virtual onde vendemos para todo o Brasil, o site é www.akusticamusical.com.br, percebemos que se não dá para competir temos que nos unir e utilizamos esta poderosa ferramenta de comunicação para conquistar clientes que nunca chegariam até Farroupilha”.
Na Clavesol CD Music, a situação não é diferente. A proprietária Simone Somensi explica que as vendas na sua loja também baixaram bastante com o aumento da pirataria. “Não tem mais como a loja sobreviver só com CDs e DVDs. Eu estou com outros produtos na loja e também estou com acesso à internet (lan house), mas mesmo assim está muito difícil”.
Simone afirma que a loja continua com clientes que ainda compram CDs e DVDs originais, mas a baixa nas vendas foi muito grande. A proprietária acredita que o fechamento de alguns sites de downloads pode ser um grande começo contra a pirataria. “Espero que seja feita alguma coisa que realmente dê resultado para combater a pirataria. Eu ainda tenho a esperança que mude e podemos voltar a ser um bom comércio na linha dos CDs/DVDs, pois existem muitas pessoas que gostam de comprar os originais”.
Simone pensa que algumas empresas deveriam ter mais bom censo na fabricação de seus aparelhos, como por exemplo, rádios automotivos que não tem mais entrada para CD, somente para pen drives. “Deveria ter uma lei que não poderia ser fabricados aparelhos assim. Esse tipo de atitude que está puxando um cliente para a pirataria e a empresa que fabricou contribui para isso.