Você e a Bíblia – Capítulo 32: A ressurreição

No livro “Em Defesa de Cristo”, na entrevista que o autor Lee Strobel, que era cético e não acreditava em

No livro “Em Defesa de Cristo”, na entrevista que o autor Lee Strobel, que era cético e não acreditava em Deus, realizou com Craig L. Blomberg, Lee questionou em que época ocorreram os primeiros e mais importantes testemunhos sobre a ressureição de Jesus Cristo e sua relação única com Deus. Conforme o livro, Blomberg lhe respondeu: “É bom lembrar que os livros do Novo Testamento não estão em ordem cronológica. Os evangelhos foram escritos praticamente depois das cartas de Paulo, cujo ministério epistolar começou por volta do fim da década de 40 d.C. A maior parte de suas cartas mais importantes é da década de 50 d.C. 

Blomberg continuou: “Descobrimos que Paulo havia recebido algumas crenças. As crenças mais famosas são as de Filipenses 2.6-11, que fala de Jesus como tendo a mesma natureza de Deus, e Colossenses 1.15-20, onde Jesus é descrito como a ‘imagem do Deus invisível’, que criou todas as coisas e por meio de quem todas as coisas foram reconciliadas com Deus, ‘estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz’.”.

Continuando, Blomberg lhe disse: “Talvez a crença mais importante no que se refere ao Jesus histórico seja a de 1Coríntios 15, onde Paulo usa uma linguagem técnica para indicar que estava transmitindo os fatos oralmente de uma forma relativamente fixa: ‘Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos.’”.

E, continuando: “Essa é a questão. Se a crucificação ocorreu em 30 d.C, a conversão de Paulo se deu aproximadamente em 32 d.C. Ele foi então levado imediatamente para Damasco, onde se encontrou com um cristão chamado Ananias e alguns outros discípulos. Seu primeiro encontro com os apóstolos em Jerusalém teria ocorrido em 35 d.C. Em algum momento desse período, Paulo recebeu essa crença.”.

E destacou: “Temos aqui, portanto, os principais fatos sobre a morte de Jesus pelos nossos pecados, além de uma lista detalhada daqueles para quem ele apareceu ressuscitado. E tudo isso se dá no intervalo de dois a cinco anos depois dos eventos propriamente ditos! Pode-se perfeitamente argumentar a favor da crença na ressurreição, muito embora não haja nenhum registro escrito, que ela remonta aos dois anos posteriores ao evento.”.

Após ouvir isso do seu entrevistado, Lee se rende e descreve: “Não havia como negar a importância dessa prova. Ela parecia, sem dúvida, invalidar a acusação de que a ressurreição, que para os cristãos era a maior prova da divindade de Jesus, fora meramente um conceito mitológico formulado ao longo do tempo, à medida que as lendas corrompiam os relatos das testemunhas oculares da vida de Cristo. Fiquei particularmente impressionado: como cético que era, a ressurreição era uma das minhas principais objeções ao cristianismo.”.