Falta de combustível pode alterar preços

Postos da região serrana também tiveram problema de desabastecimento e com isso, as vendas diminuíram e o prejuízo aumentou, o que pode causar reajuste de valores

Durante as últimas semanas, muitos postos de combustíveis do estado registraram falta de gasolina comum e aditivada, reflexo do problema de distribuição que começou a acontecer ainda no início do mês de outubro. Segundo nota de esclarecimento da Petrobras, o motivo seria as condições climáticas (vento forte e mar agitado) na região do terminal marítimo de Tramandaí que impedia a descarga da matéria-prima (petróleo e nafta) prejudicando a produção da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) que abastece o estado em 80%.

Com a diminuição da distribuição em todo o território gaúcho, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro), cerca de 51 postos foram prejudicados não tendo abastecimento suficiente para suprir os atendimentos. Os postos recebiam no máximo cinco mil litros por dia (40% do volume que as distribuidoras costumavam entregar diariamente, de acordo com cálculo do sindicato) o que fez com que muitos postos ficassem sem a quantidade suficiente para atendimento. Com isso, alguns estabelecimentos como na capital do estado, aumentaram o valor da gasolina em R$ 0,15 a R$ 0,18 equivalente a 5% do preço por litro.

Outros distribuidores buscaram combustíveis nos demais estados sulinos e por isso, eles justificam o aumento devido aos custos com logística. A Petrobras, no entanto, informa por nota oficial à imprensa que ofereceu formas complementares de suprimento à região usualmente atendida pela Refap, mediante a utilização de alternativas logísticas negociadas com as companhias distribuidoras, sem ônus para o consumidor final. Baseado nisso, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) diz que não havia motivos para o aumento e que o ganho das distribuidoras cresceu 0,5% só na última semana.

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