Escola Municipal Presidente Dutra promove projeto que auxilia inclusão de alunos com deficiência

Trabalho desenvolvido pela professora Inclusiva Anelise de Almeida Gajardo deu origem ao projeto Monitoria no Dutra que atende alunos do AEE – Atendimento Educacional Especializado

Apresentação alunos. FOTO: Divulgação/Escola Municipal Presidente Dutra

No dia 14 de abril de 2023, alunos do AEE (Atendimento Educacional Especializado) da Escola Municipal Presidente Dutra promoveram uma apresentação para a comunidade escolar. O AEE atua em uma Sala de Recursos e tem como objetivo, facilitar a aprendizagem e a inclusão dos alunos com deficiência. A professora Anelise de Almeida Gajardo trabalha junto ao Projeto Crescer da Escola Municipal Presidente Dutra, mantido pela Secretaria Municipal de Educação de Farroupilha como suporte aos alunos que apresentam dificuldades ou transtornos de aprendizagem. A proposta da Sala de Recursos do AEE da EMEF Presidente Dutra desenvolve ações e campanhas inclusivas que buscam conscientizar a população com o intuito de fomentar conhecimento e despertar curiosidade aos temas relacionados a inclusão. Neste ano, nas campanhas de conscientização do dia 21 de março – Dia Internacional do Síndrome De Down e 2 de abril – Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a escola, através da professora Anelise Gajardo, iniciou uma ação para despertar a comunidade para a palavra “Capacitismo” que é o nome dado ao preconceito contra as pessoas com deficiência. proposta esta, que deu origem ao projeto “Monitoria no Dutra”.
Fazendo parte de uma proposta inclusiva, que tem por objetivo a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o Projeto “Monitoria no Dutra”, busca oportunizar aos alunos, que frequentam a Sala de Recursos do AEE, a atuação como monitores. Segundo a professora Inclusiva Anelise, a ideia é que atuem como mediadores, auxiliando alunos e profissionais no desenvolvimento das AVPs (Atividades da Vida Prática), que são essenciais para uma vida mais autônoma. A professora informa que os alunos Victor Hugo Lopes Coser, junto com Erika Villa Cherubin e Arthur Mendes Gulden são os primeiros a participarem do projeto. O acesso destes alunos na escola já é garantido por lei, mas para se sentirem pertencentes e protagonizarem vivências e aprendizagens, uma rede precisar ser criada, comenta a professora Anelise.

Professora Anelise e equipe do Monitoria no Dutra: Erika Villa Cherubin , com Arthur Mendes Gulden e Victor Hugo Lopes Coser. FOTO: Divulgação/Escola Municipal Presidente Dutra
Campanha Inclusiva com professora Anelise e Victor Hugo Lopes Coser. FOTO: Divulgação/Escola Municipal Presidente Dutra


Segundo a diretora da Escola Municipal Presidente Dutra, Ana Claudia Bartelle, a direção de uma escola inclusiva, deve estar apta para atender às necessidades que vêm com a diversidade apresentada pelo público discente da escola, trabalhando junto aos diversos setores e apoiando a criação de projetos pedagógicos que possam alinhar os interesses sociais e as necessidades dos alunos. Salienta ainda, que a proposta do “Monitoria no Dutra” foi acolhida pela equipe diretiva e comunidade escolar porque acreditam que os alunos devem ocupar todos os espaços.
O projeto contou, ainda, com apresentação artística enaltecendo as potencialidades e habilidades dos alunos participantes onde a coreografia utilizou recursos audiovisuais para que realizassem os gestos por imitação e se sentissem seguros, já que é comprovado que a Tecnologia Assistiva é essencial no desenvolvimento de habilidades.

Todos os professores da escola tiveram a oportunidade de participar da formação ministrada pela professora Inclusiva Anelise. “Foi um momento ímpar, onde houve reflexão sobre a cultura anticapacitista, que luta por remover barreiras da sociedade, que ainda acredita que algumas pessoas são melhores do que as outras e que, pessoas com deficiência não deveriam ocupar todos os espaços. Se voltarmos no tempo estas pessoas estariam em casa, depósitos ou em manicômios. A luta por uma sociedade mais inclusiva começa em cada um de nós, não existe teoria que faça incluir, explica professora Anelise.

“Sem amor, não há inclusão sustentável.”
Augusto Cury.

EDIÇÃO: Valnir Peralta

Campanha de Conscientização sobre a Educação Inclusiva. FOTO: Divulgação/Escola Municipal Presidente Dutra