A busca pelo conhecimento
Esta frase poderia resumir as escolhas de Elisete Lenger Maioli, a mãe, empresária e estudante que não para
Filha de descendente de alemães, casou-se com um descendente de italianos e aos 15 anos descobriu a paixão pela língua espanhola. A soma do que cada cultura traz à vida faz parte da personalidade de Elisete Lenger Maioli, a farroupilhense que ao lado do marido Juares ajudou a fundar a Transportadora Tempo, na qual comanda o setor financeiro.
Muito além deste papel que Elisete desempenha em seu dia a dia, ela sempre dedicou atenção especial aos estudos e com sua primeira graduação em 2006 – Secretariado Bilíngue Português / Espanhol – só reafirmou o fascínio pela língua espanhola, que aumentou depois que passou um mês em Madri, Espanha, logo depois de se formar. Chegou a dar aulas, fez pós-graduação na língua espanhola e atualmente, cursa duas faculdades na Unisinos: Letras e Pedagogia. “Não vou parar por aqui, vou me especializar. Quero conhecimento”, diz com segurança.
Conhecimento encaixado na rotina que tem ocupada pelo trabalho e pelos filhos: Bernardo,17 anos, Murilo, 15 e Bruna, 11. “Sempre quis ser mãe e teria tido mais filhos se pudesse. Gosto muito da função que se tem com os filhos, sou muito protetora e para mim o foco está no sucesso deles. O Bernardo fala inglês fluentemente e já pensa em sair do Brasil e eu apoio totalmente”, afirma, entregando muito de seu estilo materno.
Elisete brinca com a diversidade de estereótipos de sua família: filhos claros como o pai e um moreno como ela. Mas as diferenças não assustam quem viaja e viajar é outra paixão de Elisete, que aos 15 anos foi eleita garota simpatia no Concurso Garota Imperial e no ano seguinte 1ª princesa. Voltou à Espanha com o filho Murilo e está de viagem marcada com o marido para França e Itália. “Alemanha, quem sabe um dia? Assim como a Suíça, ela está nos planos”, acrescenta.
Elisete e Juares se conheceram na escola, casaram-se e além da família, construíram uma empresa que começou apenas com o conhecimento dele e a força de trabalho dela e do pai dela, José Carlos Lenger. Hoje, a transportadora emprega 80 funcionários. “Começamos juntos, do zero. Na época de namoro o Juares tinha apenas uma bicicleta, que temos até hoje. Conquistamos tudo com o nosso trabalho e seguimos trabalhando juntos, ele é emoção e eu sou razão, dá um equilíbrio bom”, enfatiza.
Por morar em São Pedro, em Alto Feliz, Elisete e a família estão cercados pelas influências alemãs. A proximidade com os pais José Carlos e Nadir e ainda a presença da avó Luciana Lenger ajudam a manter vivas as raízes alemãs, que seguem sendo enriquecidas com as escolhas que Elisete faz para si.
REPORTAGEM:
CLAUDIA IEMBO
claudia@ofarroupilha.com.br