Encontrada morta filha de farroupilhense sumida há quase dois anos

Ossada de Alessandra Dellatorre foi achada em Sapucaia do Sul próxima do local onde ela fazia caminhada

Silvestre Santos
silvestre@ofarroupilha.com.br

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Em 16 de julho próximo se completariam dois anos desde o desaparecimento da advogada Alessandra Dellatorre, à época com 29 anos, na cidade de São Leopoldo, onde ela morava. A filha de Eduardo e Ivete Estela Dellatorre – ela, de Farroupilha – foi encontrada sem vida nas proximidades de um muro, de uma área militar, entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, há cerca de duas semanas. A identificação da ossada como sendo da advogada foi confirmada nesta terça-feira, 18 de junho, pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mario Souza, em entrevista coletiva.

Alessandra havia saído para caminhar, como fazia quase todas as manhãs, e não retornou mais para casa. Desde então, familiares, amigos e colegas de profissão, além da Polícia Civil, passaram a realizar buscas tentando encontrar a advogada com vida. “Podemos dizer que o caso está encerrado. A primeira missão era encontrar. Não sendo possível, nos empenhamos em devolver a pessoa para que a família possa fazer a despedida”, disse o delegado Mario Souza, para a imprensa.

Quando foi encontrada, a ossada de Alessandra Dellatorre não estava enterrada e não havia sinais de que uma cova tivesse sido escavada nas imediações. Próximo também foi achado o abrigo moleton que ela usava quando saiu para caminhar. A causa da morte que consta na Certidão de Óbito está como indeterminada. A polícia explica que exame toxicológico se torna impossível, tanto tempo depois, “devido a ausência de tecidos moles para fazer uma análise precisa”. O reconhecimento se deu principalmente pela arcada dentária da advogada.

Nota

Os pais de Alessandra Delatorre, Eduardo e Ivete, divulgaram uma nota, nas redes sociais, comentando o desaparecimento da filha, o desfecho e em agradecimento às pessoas que se dedicaram à tentativa de localizá-la com vida.

Confira:

As buscas procurando nossa Alessandra terminaram. Por mais que a razão apontasse para o pior, a fé e a esperança lutavam para não aceitar. Finalmente, o corpinho dela foi encontrado onde menos se esperava. Passaram-se 23 meses e 1 dia até termos a pior notícia possível.

Agora, nada mais pode ser feito para ela a não ser orar. Esse é o nosso último pedido a todos. Se puderem, tenham ela em suas orações.

Ao longo de nossa luta para encontrar Ale, tivemos ajuda de muitas pessoas as quais queremos agradecer:
A tantos corações solidários que nos deram apoio espiritual de acordo com suas crenças;
Aos que nos contataram, acreditando ter visto Ale, dando esperanças em encontrá-la;
Aos profissionais que dedicaram todo seu esforço procurando pistas, indo a campo, divulgando, etc.;
Aos que ofereceram seus serviços, mas que por alguma razão não foi possível chamá-los;
Aos parentes e amigos que fizeram por nós aquilo que não conseguíamos;
A Deus que na sua sabedoria nos provou e forjou para o nosso crescimento e na sua misericórdia permitiu que se esclarecesse onde nossa Ale estava.

Sintam-se todos abraçados e tenham certeza de nossa eterna gratidão. Muitíssimo obrigado.

Paz e Bem.

Eduardo e Ivete. (Pais de Alessandra Dellatorre)”